
A sobrevivência
irónico, cínico, passou ao lado do esquecimento
à idade espera-a sentada
mergulha na eternidade
bloqueado pela cor intensa
e pelo calor que arde no corpo
gestos de espanto renascem
a cada expressão no remexer das trevas
um espaço todo para olhar
uma voz pausada que ecoa
na casa crispada onde o cheiro
álcool rutila as paredes da sala vazia
longínquo, o coração mergulha
invisível ao equilíbrio da liberdade
no pavor afasta a certeza
no corpo apenas o bailado
que o coloca de pé, com a dança do vento
l. maltez
2 comentários:
Belo poema!
Gosto de vir ao teu cantinho, ler-te em silêncio.
beijo fofo
Fiquei fascinada com o que li aqui!
Beijo
Enviar um comentário