segunda-feira, setembro 05, 2005

sentado com os meus pensamentos na pedra cinzenta e gasta

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A sobrevivência


irónico, cínico, passou ao lado do esquecimento
à idade espera-a sentada

mergulha na eternidade
bloqueado pela cor intensa
e pelo calor que arde no corpo

gestos de espanto renascem
a cada expressão no remexer das trevas

um espaço todo para olhar
uma voz pausada que ecoa
na casa crispada onde o cheiro
álcool rutila as paredes da sala vazia

longínquo, o coração mergulha
invisível ao equilíbrio da liberdade
no pavor afasta a certeza

no corpo apenas o bailado
que o coloca de pé, com a dança do vento


l. maltez

2 comentários:

Anónimo disse...

Belo poema!
Gosto de vir ao teu cantinho, ler-te em silêncio.
beijo fofo

mar revolto disse...

Fiquei fascinada com o que li aqui!
Beijo

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...